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A segunda noite

Escrito por: Hans Christian Andersen

"Foi ontem", a lua me disse, "então eu olhei para uma pequena fazenda, e lá estava uma galinha cercada por seus pintinhos. Uma adorável garotinha correu ao redor deles. A galinha abriu suas asas e protegeu seus filhotes da garotinha. Então o pai chegou e a repreendeu por ter assustado os pintinhos. Eu continuei minha jornada sem pensar mais nessa cena. Mas nessa noite há alguns minutos atrás, eu vi novamente a mesma fazenda. Tudo estava muito quieto, no mais absoluto silêncio. Mas a garotinha estava acordada, em sua cama. Lembrando-se do que aconteceu, deslizou suavemente e silenciosamente para fora da cama e foi para o galinheiro. Assim que ela entrou os frangos, as galinhas começaram a cacarejar e fizeram o maior barulho. Eles gritaram alto e se agitaram. A pequena corria atrás deles e, quanto mais ela corria, mais eles gritavam. Tudo isso eu vi através de um buraco no muro. Eu fiquei muito zangada com a criança e pensei: “que criança má!” Com todo aquele barulho o pai acordou e foi ver o que estava acontecendo. Quando viu a cena, zangou-se com a criança. Tomou pelo braço e perguntou: “O que você está fazendo aqui?” “Olha o transtorno que você está causando! As aves estão assustadas!” A garotinha estava de cabeça baixa, mas quando ergueu a cabeça, seus lindo olhos azuis estavam cheios de lágrimas e ela disse: “eu só queria beijar a galinha e pedir desculpas pelo que fiz, mas eu não queria contar para você”. Comovido o pai beija a garotinha.

© Todos os direitos reservados a H.C Andersen Institutte ®

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